Elisa (em inglês Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay) é um teste sorológico imunoenzimático que permite detectar e quantificar substâncias como anticorpos, antígenos, proteínas e glicoproteínas em amostras biológicas. Essa técnica ficou conhecida a partir do início da década de 1970, tornando-se padrão em pesquisas e análises clínicas. Essa ampla adoção do procedimento se deve principalmente a sua segurança no manuseio de amostras e reagentes, o que se contrapõe a técnica de radioimunoensaio (RIA), amplamente utilizada até então. O RIA inclusive foi utilizado nas pesquisas do Prof. Vasquez no início de sua carreira acadêmica. Nesse caso, o cientista usava isótopos radioativos para verificar a presença ou não de microrganismos em uma amostra específica. A técnica, portanto, era complexa demais e potencialmente perigosa para o pesquisador.

O Elisa surge então como um processo alternativo de análise muito mais seguro e acessível, substituindo o material radioativo por biomarcadores enzimáticos e substâncias cromógenas. O sucesso do procedimento é evidente ao considerarmos a sua adoção em procedimentos de pesquisa, clínicos e de controle de qualidade em laboratórios por todo o mundo.

É interessante notar, porém, que a confiabilidade e reprodutibilidade dos resultados depende fundamentalmente da correta higienização das microplaquetas utilizadas no procedimento. Para isso são utilizados aparelhos como a Lavadora de Microplacas Elisa AW1, equipamento presente no acervo do Museu. Esse dispositivo evita a contaminação da amostra com outros reagentes, proteínas ou microrganismos residuais, evitando dessa forma reações cruzadas e inesperadas. Além disso, a presença de reagentes não ligados à análise corrente pode interferir na interação entre anticorpo com enzima e substrato, diminuindo a sensibilidade da análise. A Lavadora de Microplacas Elisa AW1 favorece então o processo de coleta de dados e a confiabilidade dos resultados.